domingo, 5 de abril de 2015

Fortaleza: Usuários realizam travessia arriscada em terminal

(Texto publicado originalmente em Fortalbus.com no dia 30/04/2014)

Desde o dia 20 de janeiro deste ano, a 1ª etapa do novo terminal de Antônio Bezerra foi entregue à população. A outra metade tem previsão de término em agosto. Uma das novidades que integra o equipamento, e que será referência para os demais terminais de integração quando reformados, é a travessia subterrânea dos usuários que se deslocam de uma plataforma à outra. Tal modelo de travessia também está presente nos terminais de ônibus em cidades como Curitiba, por exemplo.

Os túneis evitam o conflito entre pedestres e ônibus, que, por descuido de ambas as partes, pode acabar em acidentes, além de representar significativa perda de tempo nas viagens dos coletivos.

Pois bem, acontece que existe muita gente que prefere realizar a travessia do modo tradicional. As grades que foram instaladas na pista para evitar a passagem dos transeuntes e, de certa maneira, forçar a utilização do túnel está sendo desrespeitada. Principalmente no horário de pico, onde os saltos sobre os gradis são recorrentes. Se não dá para pular, procura-se uma brecha entre elas, facilitada por quem possui porte mais franzino. Ou, ainda, procura-se alguma grade que não esteja fixa com as demais, permitindo que qualquer um a remova e abra passagem.

No ritmo frenético de nossas obrigações diárias, não nos atentamos à nossa própria segurança enquanto nos deslocamos no interior dos terminais. Acidentes sempre acontecem devido à imprudência tanto de usuários como de motoristas. Diversas campanhas de conscientização foram realizadas por parte da ETUFOR nos últimos anos, como o incentivo à utilização das faixas de pedestres. Mesmo com o esforço do poder público, parece que não houve o efeito desejado.

A possibilidade de realizar uma travessia segura através de um túnel é uma solução louvável. É prioridade em dobro: para os condutores, que não precisarão se preocupar com a movimentação de pessoas na pista, além de contar segundos preciosos na viagem (o que não implica autorizar alta velocidade), e para os passageiros, que terão total tranquilidade para se deslocar. É verdade que se leva um tempo considerável, mas é importante que se tenha em consideração aquela velha máxima que diz: "Mais vale perder um segundo da vida do que a vida em um segundo".

Quando acontecem os desastres, é de praxe ouvir comentários do tipo: "Os ônibus não respeitam os pedestres" ou "Não tem quem oriente o trânsito". Quando existe um equipamento para garantir a integridade física dos usuários e que não é utilizado, está na hora de repensar nossas atitudes, sermos mais responsáveis consigo mesmos e ter um pouco de bom senso.

Em tempo: Na noite dessa terça-feira (29), haviam técnicos realizando reparos nas grades do terminal. Talvez possa estar relacionado com as constantes infrações.

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